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Foto do escritorAlessandro Gomes

O Gestor de Evento & Brand: Como as imagens da Copa do Mundo influenciam a experiência dos fãs

A cada quatro anos, seleções de diferentes países se reúnem para competir pelo título de campeã mundial. Desde a primeira edição, realizada em 1930 no Uruguai, até a mais recente na Rússia em 2018, a Copa do Mundo tem sido palco não apenas de grandes jogos, mas também de uma evolução significativa em termos de identidade visual e design.

Neste artigo, iremos analisar a evolução da comunicação da Copa do Mundo ao longo dos anos.


Logo da Copa do Mundo, apresentado pela Fifa, representa as 16 cidades-sede onde a competição passará (Crédito: Divulgação)
Logo da Copa do Mundo, apresentado pela Fifa, representa as 16 cidades-sede onde a competição passará (Crédito: Divulgação)





Desde os cartazes publicitários iniciais até os emblemas oficiais adotados pela FIFA, veremos como cada país anfitrião trouxe sua própria identidade e influências culturais para a criação da sua imagem.


1ª Fase: Cartazes Publicitários

Nos primeiros mundiais de futebol, realizados nas décadas de 1930 e 1940, o design gráfico ainda estava em seus estágios iniciais. Os logos não eram parte integrante da estratégia de vendas e a publicidade estava apenas engatinhando. Os cartazes publicitários dessa época são uma mistura de influências artísticas, como o Art Deco e a Bauhaus.




O cartaz da Copa do Mundo no Uruguai em 1930, por exemplo, apresentava cores vibrantes e formas geométricas características do Art Deco. Da mesma forma, os cartazes da Copa do Mundo na Itália em 1934 e na França em 1938 refletiam as tendências artísticas da época, combinando elementos do Art Deco com influências da Bauhaus.



No Brasil, em 1950, houve uma mudança significativa na identidade visual da Copa do Mundo. O logo adotado para o torneio apresentava elementos que representavam a cultura brasileira, como a bola de futebol e as cores da bandeira nacional. Essa nova abordagem refletia não apenas a evolução do design, mas também o aumento da importância do evento em termos de identidade nacional.



2ª Fase: Emblemas Oficiais

A partir da década de 1970, a FIFA começou a adotar emblemas oficiais para os torneios da Copa do Mundo. Antes disso, cada país anfitrião tinha total controle sobre a identidade visual do evento. As imagens da Copa do Mundo começaram a evoluir para o formato que conhecemos hoje, com temas recorrentes, como a bola de futebol e símbolos do país anfitrião.


Um exemplo marcante é o logo da Copa do Mundo de 1970, realizada no México. O emblema apresentava a imagem de uma bola de futebol estilizada e elementos que representavam a cultura mexicana, como o calendário asteca. Esse logo marcou o início de uma nova era para a identidade visual da Copa do Mundo, com a FIFA assumindo o controle e criando uma identidade unificada para o torneio.





3ª Fase: Identidades Nacionais

A partir dos anos 60, com o surgimento da pop arte e o fortalecimento das identidades nacionais, as imagens da Copa do Mundo passaram a refletir não apenas elementos do futebol, mas também características culturais e históricas dos países anfitriões. Nessa fase, as produções gráficas se tornaram mais sofisticadas, incorporando elementos do psicodelismo e do minimalismo.


Um exemplo marcante é a imagem da Copa do Mundo de 1978, realizada na Argentina. O emblema apresentava a imagem de uma bola de futebol estilizada, com as cores da bandeira argentina e elementos que remetiam à cultura do país, como o tango. Essa imagem causou controvérsias devido ao contexto político conturbado em que o torneio foi realizado, mas também refletiu a importância da identidade nacional.





4ª Fase: Simbolismo Sofisticado

Com a chegada do século 21, a evolução das imagens da Copa do Mundo se tornaram cada vez mais sofisticados e simbólicos. As identidades visuais dos torneios se tornaram uma parte integrante da experiência do evento, indo além do emblema oficial e incorporando elementos de design em todos os aspectos, desde o placar até a entrada dos estádios.


A Copa do Mundo de 2002, realizada no Japão e na Coreia do Sul, foi um marco nessa nova fase. A imagem da Copa do Mundo apresentava elementos que representavam tanto a cultura japonesa quanto a coreana, combinando o tradicional e o contemporâneo. Esse simbolismo sofisticado se manteve nas edições seguintes, como a Copa do Mundo na Alemanha em 2006, na África do Sul em 2010 e no Brasil em 2014.





Conclusão

Ao analisar a evolução dos logos da Copa do Mundo de Futebol, podemos observar a importância do design e da identidade visual na construção da imagem e da história do evento. Desde os cartazes publicitários iniciais até os emblemas oficiais adotados pela FIFA, cada logo reflete as tendências artísticas e sociais de sua época, assim como as características culturais e históricas do país anfitrião.


A evolução dos logos da Copa do Mundo também reflete o crescimento do evento como um todo, passando de um torneio simples para se tornar um dos maiores espetáculos esportivos do mundo. O design desempenha um papel fundamental na criação de uma identidade única para cada torneio, proporcionando uma experiência visual e emocional para os fãs de futebol em todo o mundo.


A Copa do Mundo de Futebol continuará evoluindo, assim como o design que a acompanha. Cada nova edição trará novas inspirações e desafios para os designers, garantindo que a identidade visual do torneio continue a surpreender e encantar a todos.


O gestor de eventos deve entender de branding porque a imagem perfeita é um elemento fundamental na criação e promoção de eventos. Esse breve estudo de caso da Copa do Mundo ilustra isso perfeitamente. As imagens da Copa do Mundo são projetadas para representar e comunicar a identidade do evento, transmitindo seus valores, história e emoções para os espectadores e fãs. O gestor de eventos precisa entender como a marca influencia a percepção do público e como ela pode ser usada para criar uma experiência coesa e memorável. Além disso, o gestor de eventos deve garantir a consistência da marca em todos os aspectos do evento, desde a comunicação visual até a seleção de patrocinadores e parceiros. Isso ajuda a construir uma imagem forte e positiva do evento, aumentando sua relevância e impacto.


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